quinta-feira, 12 de maio de 2016

Orientações didáticas

Educar

Nas últimas décadas, os debates em nível nacional e internacional apontam para a necessidade de que as instituições de Educação Infantil incorporem de maneira integrada as funções de educar e cuidar, não mais diferenciando nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam com as crianças pequenas e/ou aqueles que trabalham com as maiores.

Cuidar

Contemplar o cuidado na esfera da instituição da Educação Infantil significa compreendê-lo como parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica. Ou seja, cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas.
A base do cuidado humano é compreender como ajudar o outro a se desenvolver como ser humano. Cuidar significa valorizar e ajudar a desenvolver capacidades. O cuidado é um ato em relação ao outro e a si próprio que possui uma dimensão expressiva e implica em procedimentos específicos.
Fonte: BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental.
Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC; SEF, 1998.
Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf

A afetividade na Educação


Afetividade vem do verbo afetar e mostra como podemos influir positiva ou negativamente no desenvolvimento dos alunos por meio de nosso comportamento em sala de aula e de como ensinamos, ou seja, como lidamos com os conteúdos e como é nossa relação com os alunos.
Segundo especialistas, o desenvolvimento da autoestima por meio do exercício da afetividade é um grande tema transversal e eixo fundamental na proposta pedagógica de qualquer curso. Sabe-se hoje que aprendemos mais e melhor se o fazemos num clima de confiança, de incentivo, de apoio, em meio a relações cordiais e de acolhimento.
A afetividade dinamiza as interações, as trocas, a busca, os resultados positivos. Facilita a comunicação, toca os participantes, promove a união. O clima afetivo prende totalmente, envolve plenamente, multiplica as potencialidades.
Por meio da educação, podemos ajudar a desenvolver o potencial de cada aluno, considerando suas possibilidades e limitações. Para isso, precisamos praticar a pedagogia da compreensão e do humanismo, e não a pedagogia da intolerância, da rigidez, do pensamento único, da desvalorização.
A pedagogia da inclusão não deve ser praticada somente com os alunos que estavam fora da escola ou simplesmente “recebê-los”, ela deve se constituir em uma verdadeira prática de acolhimento, por meio da qual incluímos os diferentes; os que nunca falam e os que falam demais; os muito quietos e os muito agitados; os mais rápidos e os mais lentos.
Por isso, é importante que alunos e professores desenvolvam autoconfiança, autoestima e respeito por si mesmos e pelos outros. Assim, será mais fácil aprender e comunicar-se com os demais. Sem autoestima, alunos e professores não estarão inteiros, plenos para interagir, e se verão como inimigos, quando deveriam ser parceiros.

A brincadeira infantil: uma ação pedagógica

 

A brincadeira infantil representa o aprendizado. É uma ação privilegiada no desenvolvimento humano, principalmente na infância, pois é um meio para a elaboração e a reelaboração do conhecimento. Brincar é uma forma de ação cognitiva na qual a criança abstrai, interpreta e entende a realidade, pois simula essa realidade.
Os jogos promovem contextos ricos e desafiadores para o aluno explorar diferentes tipos de situações-problema. Por meio de situações lúdicas, a criança tem a oportunidade de se apropriar de novos conhecimentos, pois pode pensar, levantar hipóteses, confrontar estratégias, discutir, interagir com os colegas, com as situações e os objetos de conhecimento, comparando pontos de vistas diferentes e vivenciando verdadeiras e genuínas situações de comunicação.
O seu papel, nesse processo, é fundamental. Conhecer o jogo, criar e propor, com base nele, situações-problema desafiadoras é uma de suas tarefas, bem como observar as tentativas do aluno durante o jogo, apoiando-o quando surgirem as dificuldades e estimulando-o a desenvolver suas potencialidades. É preciso assegurar a cada participante do jogo o direito de pensar, expressar o pensamento, negociar as ideias e criar outras com base nas discussões realizadas, ou seja, ele dever ter o direito de viver intensamente o jogo de forma prazerosa e enriquecedora.


quarta-feira, 11 de maio de 2016

Trabalhando a linguagem corporal


Circuito com pneus
Este desafio impõe obstáculos, exige força e concentração dos bebês para vencer os circuitos. Uma graça e super simples de fazer. Basta conseguir alguns pneus, pintá-los com cores vibrantes e alegres e fazer a festa!



Faça um túnel de tule
Os bebês gostam e precisam de desafios: no túnel de tecido transparente eles conseguem ver quem está na sala e sentem-se mais confiantes

 Um túnel ou passa-passa de papelão
Arranje algumas caixas de papelão e forme um túnel ou passa-passa, esta é uma alternativa a materiais caros e rendem movimentos inesperados dos pequenos. 


Espelho, espelho meu!
Muita gente reclama por não ter um espelho grande na sala para trabalhar construção da identidade... Quem disse que só espelho grande funciona? Com criatividade, os espelhos menores também ajudam na descoberta do próprio corpo.

Exploração de texturas
Móbiles de materiais diferentes estimulam a curiosidade dos pequenos... experimente trabalhar com barracas de lençol, cabanas de tnt ou improvisar um mosquiteiro na sala com vários objetos colados nele como figuras de vários materiais, brinquedinhos...

Vencendo obstáculos
Objetos de formas variadas servem para os pequenos testarem o equilíbrio e interagir com os amigos da turma... experimente usar pneus coloridos, minhocas de colchões, garrafas pet coloridas ou com enchimento de papéis coloridos...


terça-feira, 10 de maio de 2016

Coordenação motora





Coordenação motora: como ela se desenvolve por idade


Entre 3 e 6 anos, a criança já é capaz de segurar o lápis fazendo movimento de pinça (Foto: Thinkstock)
coordenação motora é a capacidade de sincronizar  os movimentos usando cérebro, músculos e articulações. A coordenação motora grossa permite que a criança rasteje, ande, corra, salte, pule, suba e desça escadas. Já a fina dá a capacidade de usar os pequenos músculos em movimentos delicados, como escrever, pintar,desenhar, recortar, encaixar, montar e desmontar, abotoar e desabotoar. Confira o que as crianças costumam desenvolver em cada fase:

2 meses: Junta as mãos, vira a cabeça para achar quem está falando e pode tentar levantá-la.

4 meses: Agarra um chocalho, vira de barriga para baixo e mantém a cabeça firme quando sentada.

6 meses: Passa brinquedo de uma mão para a outra. Alcança e segura objetos. Toca os pés. Pega comida na mão e come. Levanta os braços para ser carregada. Começa a sentar sem apoio. Eleva o tronco apoiada nas mãos.

9 meses: Gosta de objetos que possa pegar e bater usando as duas mãos. Puxa para ficar de pé. Senta-se sozinha e sem apoio. Engatinha. Fica de pé com apoio.

1-2 anos: Rabisca papel. Segura giz de cera com a mão toda. Pega pequenos objetos e os coloca dentro de um recipiente. Empilha blocos. Vira a página de um livro. Segura colher e tenta comer. Fica de pé sem ajuda. Aprende a andar e a correr. Sobe escadas segurando o corrimão. Inclina-se para pegar objetos e volta para a posição de pé. Inclina-se para a frente em brinquedos como cavalinhos e carrinhos. Arremessa e chuta a bola, mas sem exatidão.

2-3 anos: Faz torres com vários blocos. Recorta papel com tesoura. Faz traços simples com giz de cera. Começa a traçar o nome. Coloca miçangas em um barbante. Pula com dois pés. Galopa. Equilibra-se em um pé só por alguns segundos. Pedala triciclo. Arremessa bola em um alvo.

3-6 anos: Copia linhas e formas. Pega lápis ou caneta fazendo movimento de pinça com os dedos. Escreve o nome. Corta em cima da linha do papel. Começa a cortar formas com a tesoura. Veste-se e se despe de maneira independente. Abotoa e fecha zíperes. Alterna os pés nas escadas. Fica em um pé só. Pula sobre um pé só. Arremessa e chuta com exatidão e força. Progride na tarefa de andar de bicicleta.

sábado, 7 de maio de 2016

A criança e o movimento

"CRIANÇA E MOVIMENTO" - ISSO É EDUCAÇÃO INFANTIL


A CRIANÇA E O MOVIMENTO
    Se você trabalha com Educação Infantil, sabe da importância do Movimento para as crianças .  As crianças se movimentam desde que nascem, adquirindo cada vez maior o controle sobre seu próprio corpo, engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam, etc.
Segundo o RCNEI , por meio da motricidade a criança se expressa, se comunica, relaciona-se. Vão ampliando sua motricidade e sua relação com a realidade num processo de interação. O movimento humano é portanto o mais simples deslocamento do corpo no espaço.
Esses movimentos incorporam-se aos comportamentos dos homens, resultam das interações sociais e da relação do homem com o meio.

 Sua multiplicidade, funções e manifestações do ato motor, propicia um amplo aspecto da motricidade das crianças, abrangendo posturas corporais bem como outras atividades cotidianas.
Para uma criança pequena o movimento significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço, o ato motor faz-se presente em suas funções expressivas, pode-se dizer que no inicio do desenvolvimento predomina a dimensão subjetiva da motricidade com a interação do seu meio social. 

       Somente aos poucos que se desenvolve a dimensão objetiva que corresponde as competências instrumentais, para agir sobre o espaço e o meio físico.
       Na Educação Infantil, promover  atividades através de jogos, brincadeiras,  dança e práticas psicomotoras, deve fazer parte da rotina  escolar .
 É muito importante que o professor perceba os diversos significados que pode ter a atividade motora para as crianças, contribuindo para que ela tenha uma percepção adequada de seus recursos corporais.

A criança e o movimento.

http://educarbeatrizdornelas.blogspot.com.br/2013/03/crianca-e-movimento-isso-e-educacao.html
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sexta-feira, 6 de maio de 2016

Estratégias para vencer a indisciplina

Estratégias inteligentes e o exercício justo da autoridade são formas eficazes de enfrentar a indisciplina

Calvin

A indisciplina, dizem educadores de todo o país, é o maior problema da sala de aula - e da escola. Porém essa realidade (apontada em pesquisa feita pela Fundação Victor Civita e pelo Ibope com 500 professores) está longe de ser a verdadeira responsável pela dificuldade de ensinar: o que, de fato, impede o trabalho docente é a falta de adequação do processo de ensino. É isso que mostra a reportagem de capa de NOVA ESCOLA de outubro. A revista traz ainda o projeto institucional Repensar a Indisciplina, com consultoria de Ana Aragão, professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 

Partindo do princípio de que as estratégias de repressão usadas por muitas escolas são pontuais, imediatistas e ineficazes, a revista aponta soluções para encarar o problema. Longe de ser um manual, esses passos são o ponto de partida para um trabalho que requer o envolvimento de toda a equipe. Confira um resumo das recomendações dos especialistas consultados por NOVA ESCOLA. 

Distinguir as regras 
A indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra: as de natureza moral (baseadas em princípios éticos, que visam o bem comum, e por isso valem para todas as instituições e para qualquer situação, como não bater, não xingar e não mentir) e as convencionais (que variam de escola para escola, como as que se referem ao uso de celular, uniforme e boné). Com frequência, os regimentos escolares erram ao colocar essas duas situações em um mesmo patamar. É importante distingui-las para entender melhor a indisciplina e lidar com ela. 

Equilibrar a reação Pesquisa com 55 diretores realizada por Isabel Leme para a Universidade de São Paulo, em 2006, mostrou que a gestão de conflitos é vista por 85% deles como fundamental para garantir a paz na escola. Mas, alertam os especialistas, o que se vê na prática é menos uma abordagem para entender o problema (e lidar com ele) e muito mais a tentativa de evitar qualquer distúrbio. Quando uma situação foge do controle imposto, a reação é mandar os alunos para a diretoria. O caminho sugerido em NOVA ESCOLA é outro: dialogar sempre, ouvindo as partes e demonstrando respeito pelos valores de cada um. 

Conquistar a autoridade 
Toda vez que se tenta impor a disciplina com autoritarismo, surge a revolta. Com mais conhecimento, todo professor adquire segurança em relação aos conteúdos didáticos e aprende a planejar aulas eficazes. Pode parecer simples, mas isso é essencial para manter a disciplina e fazer com que todos aprendam. "É preciso diversificar a metodologia, pois interagimos com alunos conectados ao mundo de diferentes maneiras", diz Maria Tereza Trevisol, professora da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus de Joaçaba, a 371 quilômetros de Florianópolis. 

Incentivar a cooperação 
Esforçar-se para construir um clima escolar de qualidade, no qual os estudantes sejam respeitados e aprendam a respeitar, traz recompensa: um comportamento adequado porque todos têm consciência de seu papel na escola e não por medo de castigos. Nessa situação, professores e gestores são vistos como figuras de autoridade moral e intelectual, capazes de negociações justas com a garotada (nunca autoritárias). 


Agir com calma 
Em uma situação de indisciplina, é preciso, sim, manifestar contrariedade. Sem exaltações, mostrar ao aluno que todo o grupo é prejudicado vai ajudá-lo a perceber as consequências de suas ações e aprender como agir em outras situações similares. 

Ficar sempre alerta 
Cabe à escola cultivar um ambiente de cooperação e respeito, pois é de esperar que casos de indisciplina surjam sempre. Mesmo com a equipe capacitada para agir de forma mais confiante em relação ao problema, sempre haverá novos professores e alunos, que precisarão de tempo para se adequar a essa maneira de encarar os conflitos. 

Estimular a autonomia 
Às vezes, os alunos agem de forma indisciplinada para demonstrar que alguma regra não funciona. Em alguns casos, eles querem chamar a atenção para as próprias ideias. Ao conviver num ambiente pautado pelo respeito e pela negociação das normas, os estudantes aprendem a tomar decisões responsáveis.



Fonte:
http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/entender-para-resolver-indisciplina-comportamento-gestao-conflitos-521061.shtml

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Atividades lúdicas (brincadeiras) para estimular a concentração das crianças

Brincar de amarelinha

TDAH
Atividade lúdica excelente e que não exige materiais caros ou nenhum tipo de tecnologia avançada, essa brincadeira pode ser feita em qualquer espaço ou situação. A amarelinha é uma brincadeira que auxilia a criança na coordenação motora, na socialização, no desenvolvimento de tolerância à frustração e no contato com limites e regras.

Jogos de tabuleiro

TDAH
Os Jogos que envolvem estratégias de raciocínio dão à criança que apresenta  uma forma de ter mais atenção. Contribuem para a criança não agir de maneira impulsiva, pois ela precisa se concentrar, neste caso a criança tem a oportunidade de explorar o problema proposto de forma planejada, sistemática e ordenada.
Jogos como xadrez, damas e outros, além de auxiliarem na concentração e tolerância à frustração, oferecem uma riqueza simbólica enorme, fazendo com que a criança que tem experimente como é desempenhar papéis diferentes.

Teatro

TDAH
Uma característica marcante no  comportamento das crianças que apresentam é a capacidade de imitação: gestos, postura, maneira de falar, vocabulário, enfim, elas tendem a imitar com facilidade tudo o que percebem ao seu redor, são extremamente criativas e cheias de imaginação. Quanto à fantasia, cabe aos educadores cuidarem para que se desenvolva de forma saudável, mantendo uma relação estreita com a realidade.  Deste modo pais ou educadores devem montar com a criança um teatro de fantoches, que pode ocupar uma tarde inteira e ainda estimular o que a criança tem de sobra: a criatividade. Dessa forma, as crianças que não conseguem satisfazer as suas necessidades no mundo dos adultos encontram o equilíbrio afetivo e intelectual nessas representações, que também são ótimas para ajudar na educação da mesma.

Jogos de montar

                                            


Os jogos de montar também são atividades lúdicas que estimulam a agilidade, imaginação e comunicação. As crianças com TDAH têm a oportunidade de construir, montar, desfazer e analisar. Esses jogos desenvolvem competências, atitudes e habilidades de maneira lúdica e eficiente.

Brincadeiras em equipe


                                           

Nesta atividade, deve-se envolver a criança que tem TDAH em uma equipe, esta é uma boa estratégia para estimular a criança a pensar de forma independente. Estes jogos trabalhados em grupo propiciam agilidade mental, iniciativa e curiosidade e fazem com que a criança tenha que discutir para decidir sobre regras de ganhar e perder.

Jogos de mímica


Esta atividade é bastante interessante e ao mesmo tempo engraçada. A mímica é uma atividade lúdica que pode render várias horas de diversão. Os especialistas explicam que esse jogo estimula a criança a pensar em representações e fazer associações de palavras, facilitando os processos cognitivos. A questão é encontrar algo que faça sentido para a criança e, junto com isso, criar uma brincadeira, e personagens ou temáticas atuais podem ser utilizadas para a elaboração de brincadeiras e encenações.

TDAH